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domingo, janeiro 10, 2010

moving on*

a ver se me reinvento, revoluciono, reformo, reciclo ou rasgo de vez!

a preguiça, sweet friend, ao serviço da estruturação do ser, one hopes...

o novo poiso:

as pequenas estruturas do ócio

cláudia caetano

sábado, agosto 04, 2007

...!"!...*

cresciam-lhe os dedos para fora das mãos, saíam delas, perdiam-se dele.
era uma coisa que não conseguia explicar nem perceber, nem se preocupava com isso, verdade seja dita. até porque isto dos dedos não era a única das estranhezas do seu corpo.
podia passar dias sem comer, sem que a fome o pertubasse, em algum momento ela viria e então saciava-se, sem prever quando voltaria a fazê-lo. o mesmo com o sono. o mesmo com a sede. o mesmo com a barba, que lhe tomava a cara de uma hora para a outra ou se sumia durante meses.
os dedos eram assim, desapareciam por tempos. iam em reconhecimentos distantes e regressavam com avisos dos caminhos a percorrer e traziam memórias dos rostos por beijar e por sofrer.
por isso, quando chegava a um sítio, ou se cruzava com alguém, olhava demoradamente para as mãos, para os dedos, roía unhas em segredos de conspiração. e perguntava-se, ou perguntava-lhes, aos dedos, é seguro olhar? queima?


cláudia caetano

segunda-feira, julho 30, 2007

it is finished*



sábado, julho 28, 2007

imagias #31


Out of the Past, Jacques Tourneur


a ideia
persistente
fossando cada segundo alheado

sempre
promiscuindo-me os versos
confundindo-me e marcando-me os passos

iluminando
sem prejuízo da sombra

– a luz nos sítios certos
e a presença em bafo de companhia
onde se escondem as fúrias
a quem em oportunidades cirúrgicas
alguém, se não eu [e eu de mãos tão imprecisas],
extraiu as cordas –

a luz
nas mãos que se dão


cláudia caetano

quinta-feira, junho 14, 2007

___———*

desde ali, fazer a cama— lançar um lençol sobre o outro— ofusca em lapsos do teu corpo nu.
como quando o lancei sobre ti, cobrindo-te como mortuário, descobrindo-te o rosto devolvendo-te à vida. irremediavelmente presa àquele momento— o lençol suspenso no ar, segundos, longuíssimos, minutos, o tempo que eu quisesse, antes de cair em ti e já em ti segunda pele.


cláudia caetano

domingo, junho 10, 2007

Há uma orquestração no meu sangue de balbúrdias de crimes — (A.Campos)*

a revolução que desenhas
no silêncio do brandy

— tu que não bebias senão cerveja, agora brandy,
porque não sabes o que pensar da palavra mini esparramada
no poema —

a revolução que bebes
em golos quentes e amargos


um homem muito belo em tronco nu
para que lhe possas ver no sangue avulso
no peito os gritos arrancados aos peitos arrancados
de uma mulher


pensas qualquer coisa como
"se o homem não fosse belo
se a mulher não fosse bela
o crime seria hediondo"

os teus dedos
hordas rebeldes no rosto rendido — pões-te a jeito
como se alguém de ti escrevesse os dias
cansados
improvisas um ar elevado porque se
ali alguém te visse
— aí onde terminas os dias reclusos —
atentaria no porte


houvesse numa mulher que passasse um desafio de
guerra
um sorriso de não me apanhas ou ainda melhor
um olhar inquinado de apanha-me se puderes

e pudesses tu


cláudia caetano

segunda-feira, junho 04, 2007

dark comedy*

403,00.


quinta-feira, maio 31, 2007

dualidades mínimas #72

o espelho à frente da parede
branca

ao lado o medo de aparecer



cláudia caetano

sábado, maio 26, 2007

haja céu para os olhos e (m)ar para as narinas*

e terra para o esgravatar de unhas
e o espaço todo do tempo em frente para a liberdade dos gestos.

sejam longos os suspiros para a supressão do desejo
sejam tardios os beijos como pingos de madrugadas geladas


não se encerram em si as palavras que não engoles

é de oiro a voz quando o silêncio mata.



cláudia caetano

sábado, dezembro 09, 2006

fly me to the moon #19


Diane Cluck, Oh Vanille/ Ova Nil


saiu em 2005, uma das minhas mais companheiras escolhas musicais de 2006. a moça aparece associada ao antifolk e ao devendra banhart, mas isso é meramente acessório, que sirva apenas para contextualizar.
importa dizer que há na sua voz um fundo lá muito fundo, quero crer que muito verdadeiro, mais que simples, mais que cru, verdadeiro.


Yr Million Sweetnesses

Your million sweetnesses are sometimes not enough
To keep me laughing at the floodtide of desire
This is how I walk when I have given up
Do you see how free the body moves
The bones inside the skin are loose
And I know if I could see you
That you'd be walking like this too

Marry a virgin
Marry a not-a-vigin
Marry someone who sold their sex to God or men
Marry completely and give yourself whole-heartedly
To everything that wants you and everything you are

I have spent time with unspoiled birds
And genereous sunshine that taught me doing nothing
And I do recall that my very best friends are
The ones who left me empty and ready to be filled again

(...)


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